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sábado, 25 de agosto de 2012
Há 25 anos era executado por PM´s, um dos grandes nomes do cinema brasileiro, Fernando Ramos da Silva
Do Última Hora SP - 25/08/2012 - 18h:42
Neste sábado, (25) completam-se vinte e cinco anos do assassinato de um dos maiores atores do cinema brasileiro. Fernando Ramos da Silva, o Pixote, executado com oito tiros à queima-roupa, por três PM´s do Tático Móvel aos 19 anos, na tarde de terça-feira, 25 de agosto de 1987. Seis anos antes, com 12 anos, Fernando teve grande participação no filme Pixote, a lei do mais fraco (1981) dirigido pelo diretor Hector Babenco e estrelado pela atriz Marilia Pera.
A história do filme e da vida daquele pequeno garoto morador de uma casa simples no bairro do Jardim Canhema, em Diadema, tiveram finais quase que iguais, dramáticos. Fernandinho, como era conhecido, teve uma infância dura e viu naquela trama a chance de sua vida e de sua família mudar. O menino, semianalfabeto, mas muito inteligente participou ainda da telenovela O Amor é Nosso, TV Globo, e fez pequenas participações em outros longas-metragens, em Eles não usam Black-tie e Gabriela, cravo e canela.
A grande infelicidade de Fernando começou na tarde de 25 de agosto, quando uma viatura em perseguição acabou colidindo com veículo em um cruzamento da região central de Diadema. Os PM´s da viatura danificada se juntaram a outros três numa Veraneio, (veículo utilizado pelas polícias nos anos 80 e 90) modelo no qual segue os moldes da utilizada nos dias de hoje Blazer. Em operação pela Rodovia dos Imigrantes, que corta a cidade de Diadema, os PM´s supeitaram de dois jovens que estavam à beira de um barranco na rodovia. Após perseguição a pé, os PM´s atiram oito vezes em Fernando Ramos da Silva, e ainda sustentam que o mesmo estava armado e teria revidado. Dias depois da morte, os três PM´s, que estavam na viatura que havia batido horas antes, confessam a farsa, e, admitem ter efetuado os disparos e também que Fernando não estava armado.
quinta-feira, 23 de agosto de 2012
Após 21 anos preso, Cabo Bruno sai da cadeia sem débitos com a justiça
Do Última Hora SP - 23/08/2012 - 18h:55
Paulo Eduardo Dias
Paulo Eduardo Dias
Florisvaldo Oliveira, 53, o Cabo Bruno, condenado a mais de 117 anos
de reclusão, deixou a cadeia na tarde desta quinta-feira, 23 de
agosto. O ex-soldado da PM, acusado de mais de 50 assassinatos,
cometidos em bairros da periferia da zona Sul, na década de 1980,
fugiu por três vezes da prisão entre a metade dos anos 80 e início
dos anos 1990.
De sua última recaptura, em 29 de maio de 1991, no bairro da
Pedreira, zona Sul de São Paulo, até esta quinta feira, (23) foram
7.756 dias preso, totalizando 21 anos e 91 dias encarcerado em três
penitenciárias do estado. O Presídio Militar Romão Gomes, no
Tremembé, região do Horto Florestal, zona Norte da capital, (de onde escapou em junho de 1984, setembro de 1987 e 22 de julho de 1990) Casa de
Custódia de Taubaté, no Vale do Paraíba, a 130 quilômetros de São
Paulo e por fim na P2 de Tremembé, cidade vizinha a sua segunda
clausura.
Em todo este período, Cabo Bruno, que agora prefere ser chamado
apenas de Florisvaldo de Oliveira virou pintor de quadros e pastor
evangélico, casou-se e agora se diz um novo homem.
Em um dos trechos da decisão, divulgada pelo Tribunal de Justiça de
São Paulo, assinada pela juíza Marise de Almeida, da 2º Vara de
Execuções Criminais de Taubaté (VEC), (…) “defiro o pedido de
indulto pleno e declaro extintas as penas privativas de liberdade
impostas ao sentenciado Florisvaldo de Oliveira (...)”. Ou seja, a
partir desta quinta-feira, Cabo Bruno já não possui mais débitos
com a justiça.
sexta-feira, 17 de agosto de 2012
Ex-PM que aterrorizou o extremo da zona Sul nos anos 80 pode ser solto após 20 anos preso
Cabo Bruno, que já cumpriu 1/4 de sua pena, poderá ser beneficiado por decreto assinado pela presidente Dilma Rousseff. Nos anos 80, mais de 50 pessoas foram executadas por ele na zona Sul.
Do Última Hora SP - 17/08/2012 - 15h:58 - Atualizado às 16h:30
Início
dos 80, mais precisamente 1982, um opala preto para e um homem armado
com uma espingarda calibre 12 efetua vários disparos que atingem
certeiramente homens que estavam em um bar no bairro da Pedreira, em
Cidade Ademar. Esta narrativa é apenas um dos muitos casos com quase
a mesma história que causaram pânico nos bairros periféricos da
zona Sul. O nome dos matadores, o conhecido esquadrão da morte.
Pouco
tempo depois da chacina da Pedreira, descobriu-se o principal
suspeito, Florisvaldo Oliveira, conhecido como Cabo Bruno, soldado da
Polícia Militar, lotado na 1ª Companhia do 1º Batalhão, em Santo
Amaro, também na zona Sul. Depois de detido e interrogado nas salas
do Serviço Reservado (SR) da PM confessou quase 50 execuções,
negadas em juri. Suas principais vítimas, segundo relatos de
vizinhos, PM´s e amigos do soldado eram pequenos ladrões que
incomodavam os comércios e a vizinhança na região da Estrada do
Alvarenga. Os bairros que margeiam a Estrada do Alvarenga são bem
pobres, nos anos 80 estavam longe de terem um bom asfalto, o que
tinha de muito, era a vegetação e a água da Represa Billings, já
o que tinha pouco, e, muito por sinal, era a iluminação e o olhar
do poder público.
Viver
pra aquelas bandas era conviver com o perigo. Ir a um bar a noite por
exemplo, era risco eminente de vida. Foram vários que morrerem sem
ao menos saber o porquê, caminhando pelas ruas escuras eram
alvejados e entravam para as estatísticas de homicídios cometidos
nos bairros de Vila Joaniza, Jardim Selma, Jardim Consórcio,
Cantinho do Céu, Guacuri e Cocaia.
Como
as investigações só tratavam de um homem, que era tratado como
justiceiro, Florisvaldo foi expulso da PM em 1983. Mesmo não fazendo
mais parte da corporação continuou preso no Romão Gomes, presídio
especial onde ficam PM´s que cometem crimes, localizado no Horto,
zona Norte. Não demorou muito e em junho de 1984 conseguiu sua
primeira das três fugas na mesma instituição. Reconduzido, fugiu
novamente em setembro de 1987. Pouco tempo depois já estava preso
novamente. Mas, em 22 de julho de 1990 conseguiu sua fuga
cinematográfica. No mesmo Romão Gomes, Cabo Bruno e mais dois
internos renderam o armeiro do local e saíram pela porta da frente
levando consigo três metralhadoras Beretta 9 milímetros, três
revólveres calibre 38 e 98 projéteis. Desta vez, a caçada ao homem
mais temido do extremo da zona Sul perdurou por quase um ano,
encerrando-se no bairro da Pedreira. No dia em que preparava sua
mudança para uma cidade do interior de São Paulo foi surpreendido
por PM´s à paisana. Rendeu-se, e em 29 de maio de 1991 retornou a
sua cela no Romão Gomes.
Enquanto
cumpria sua pena, que na época era de quase 80 anos, no dia 17 de
Julho de 1992, teve seu filho assassinado de forma covarde na Rua
Paulo Guilguer Remberg, no Jardim Sabia, divisa dos bairros de Grajaú
e Parelheiros. William Bruno de Oliveira, de 8 anos, morreu por
asfixia mecânica ao ser afogado em um pequeno poço de água formada
em decorrência das chuvas e bancos de areia. Com uma decisão
favorável da justiça pode acompanhar o sepultamento do filho, mas,
escoltado por diversos policiais, inclusive da Tropa de Choque.
No
final de 1992, foi dada sua sentença final, condenação de 75 anos
pela Tribunal de Justiça Militar (TJM) e mais 32 pela Justiça
Comum, (TJ) totalizando quase 108 anos à cumprir. Na cadeia, começou
a pintar quadros, os quais foram expostos em 1998. Em 2002 foi
transferido para o presídio que está até hoje o Doutor Augusto
César Salgado, em Tremembé, interior de SP. Lá se converteu ao
evangelismo e hoje é pastor e capelão chefe da unidade.
No
ano de 2009, por ter cumprido ¼ de sua pena, conseguiu o direito ao
regime semiaberto, mas não saiu da cadeia, como a P2 de Tremembé
tem um regime diferenciado, aonde os presos podem trabalhar dentro da
unidade, acabou por ter sua saída negada. Após mais de 20 anos
preso, Cabo Bruno saiu da cadeia pela primeira vez há uma semana, na
saída temporária do dia dos pais. No entanto, ele pode ser
libertado por conta de um decreto assinado pela presidente Dilma
Rousseff. Segundo a norma, todo preso que passou mais de 20 anos
seguidos na cadeia deve ganhar a liberdade caso tenha tido um bom
comportamento.
segunda-feira, 13 de agosto de 2012
Com plus de R$ 100 mi em relação a Pequim 08, Brasil fica na mesma posição no geral
Mesmo com o alto
investimento por parte das leis de incentivo ao esporte, o Brasil
conseguiu apenas duas medalhas a mais em relação aos jogos de
Pequim em 2008, sendo uma de prata e outra de bronze.
Do Última Hora SP - 13/08/2012 - 22h:05
As explicações são sempre as mesmas, após uma eliminação, os atletas brasileiros pedem mais investimentos em suas modalidades por parte do governo, de suas federações e dizem que não são valorizados pela torcida, que geralmente utiliza as redes sociais para criticar o desempenho dos competidores. O próprio Comitê Olímpico Brasileiro (COB) sabe das limitações em várias competições e sempre deixa a escapar que a meta esperada gira em torno de dez a doze medalhas no total. Nestas Olimpíadas de 2012, porém, o COB alega que foram investidos R$ 100 milhões a mais do que nos jogos de Pequim 2008, um aumento de 50% nas receitas disponibilizadas as confederações, federações e associações que administram as modalidades que conseguiram classificar atletas e equipes. Comparado aos jogos anterior, o Brasil conseguiu apenas duas medalhas a mais ficando na mesma posição em ambas, no vigésimo segundo lugar. Para se ter uma noção, o COB sempre espera medalhas vindas do judô, vôlei, iatismo, atletismo e natação, no mais claro bordão popular, do que vier além é lucro.
De
todas as modalidades que o COB esperava por medalhas em Londres,
apenas o atletismo que vinha em uma crescente desde os Jogos
Olímpicos de 1992, em Barcelona não conseguiu tal feito. As
esperanças eram depositadas em Fabiana Murer, campeã mundial e
recordista sul-americana, (4,85m no Campeonato Mundial de Daegu,
Coreia do Sul) no salto com vara e na saltadora Maurren Maggi,
medalista de ouro na edição de Pequim. Ambas foram eliminadas na
fase classificatória sendo que Murer culpou o vento pelo fraco
desempenho.
Já
na ponta da tabela os Estados Unidos e a China alteraram suas
posições no ranking de medalhas de ouro. Se nos jogos em sua
capital, os chineses somaram 51 medalhas de ouro ficando na primeira
posição geral, desta vez viram os americanos chegarem a 46 e
tomarem o primeiro posto.
Abaixo
quadro com o comparativo dos primeiros e o Brasil nos jogos de 2008 e
2012
Arte/UHSP
sexta-feira, 10 de agosto de 2012
UHSP volta repaginado nesta sexta-feira
Da Redação SP
A partir desta sexta-feira, 10 de agosto, o Última Hora SP ganha novo formato e padrão se adequando ao que há de mais novo na tecnologia de mídias de informação. O leitor do UHSP pode interagir mais fácil com as notícias e informações publicadas e ainda pode ajudar enviando dados ou acontecimentos de sua localidade.
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