Paulo Eduardo Dias
Florisvaldo Oliveira, 53, o Cabo Bruno, condenado a mais de 117 anos
de reclusão, deixou a cadeia na tarde desta quinta-feira, 23 de
agosto. O ex-soldado da PM, acusado de mais de 50 assassinatos,
cometidos em bairros da periferia da zona Sul, na década de 1980,
fugiu por três vezes da prisão entre a metade dos anos 80 e início
dos anos 1990.
De sua última recaptura, em 29 de maio de 1991, no bairro da
Pedreira, zona Sul de São Paulo, até esta quinta feira, (23) foram
7.756 dias preso, totalizando 21 anos e 91 dias encarcerado em três
penitenciárias do estado. O Presídio Militar Romão Gomes, no
Tremembé, região do Horto Florestal, zona Norte da capital, (de onde escapou em junho de 1984, setembro de 1987 e 22 de julho de 1990) Casa de
Custódia de Taubaté, no Vale do Paraíba, a 130 quilômetros de São
Paulo e por fim na P2 de Tremembé, cidade vizinha a sua segunda
clausura.
Em todo este período, Cabo Bruno, que agora prefere ser chamado
apenas de Florisvaldo de Oliveira virou pintor de quadros e pastor
evangélico, casou-se e agora se diz um novo homem.
Em um dos trechos da decisão, divulgada pelo Tribunal de Justiça de
São Paulo, assinada pela juíza Marise de Almeida, da 2º Vara de
Execuções Criminais de Taubaté (VEC), (…) “defiro o pedido de
indulto pleno e declaro extintas as penas privativas de liberdade
impostas ao sentenciado Florisvaldo de Oliveira (...)”. Ou seja, a
partir desta quinta-feira, Cabo Bruno já não possui mais débitos
com a justiça.
Nenhum comentário:
Postar um comentário