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terça-feira, 2 de outubro de 2012

ESPECIAL: Carandiru, 20 anos depois - A comparação do armamento utilizado pelo Estado e pelos apenados


Do Última Hora SP - 12h:45

A tese de legítima defesa alaçada pelo governo do estado de São Paulo e principalmente pelos oficiais presentes no Carandiru pode ser colocada por terra se comparada friamente os armamentos utilizados no embate do dia 2 de outubro de 1992. Segundo o processo criminal e pelas armas entregues dias após à ação, a PM adentrou ao presídio com ao menos 3 tipos de revólveres, pistolas, submetralhadoras com cinética para rajadas e tiros intermitentes, escopetas, fuzis e até mesmo um rifle. Enquanto os detentos, pelo armamento apresentado pela PM portavam 13 revólveres, pedras, paus barras de ferro, canos de PVC e facas improvisadas, as "naifas".

Abaixo uma ilustração produzida pela Editoria de Arte do UHSP



Fonte: Processo Criminal / Portal Terra                                                                                                         Editoria de Arte UHSP


Os dados informam que foram utilizados e entregues para anexo ao processo, 224 revólveres Taurus, 23 revólveres Magnum, 76 revólveres Rossi, um revólver Smith & Wesson, uma pistola .45, 3 espingardas calibre 12, 21 metralhadoras Beretta, 8 metralhadoras HK, 4 fuzis M16 e 1 rifle. Num total de 362 armas entregues, e que se encontram até hoje no fórum à espera de perícia. Já de armamentos apreendidos na ação, destacam-se facas artesanais, as "naifas", ripas de madeira, pedaços de ferro retorcido, estiletes, pedras, canos de PVC e marretas.

Presidiário recolhe os restos da "batalha". Além de muito lixo atirado pelas janelas, nota-se pedaços de madeira e canos



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